Aplicação da literatura e jornalismo na sala de aula

Por Larissa Libanio

No dia 25/05, ocorreu o 11º Congresso do Instituto Cultural Lourenço Castanho, na FECAP em São Paulo, professores apresentam seus projetos colocados em prática nas salas de aula, mostrando os resultados dos trabalhos em escola públicas e estadual.

Presença no evento

Acompanhei as sessões de língua português, em os professores trabalharam com material jornalístico e literário. É inspirador ver crianças e adolescentes descobrindo potencial profissional através dessas atividades, além de melhorarem a escrita, relacionamento interpessoal e comunicação em geral.

Tais da Maratona literária e Larissa Libanio

A professora Tais Aparecida, leciona língua portuguesa na Escola Municipal Sérgio Elias, em Campos do Jordão – SP. Proporciona a Maratona Literária aos alunos, com 17 atividades. Iniciando com arrecadação de livros, representação, stop motion, no book literário eles tiram fotos relacionadas a personagens literários e montam um cenário através de montagens, divulgando, publicidade, seminário literário, o surpreenda-me em que escrevem textos livres e podem criar algo diferente a partir disso, o documentando, um mural, o ao vivo e a cores, apadrinhando o 1º ano envolvendo outros alunos no processo, o torta na cara, circuito literário, varal de poemas; o penso, logo existo; e o venha estudar aqui, no qual criam um vídeo convidando outros alunos a estudarem na escola, trazendo a valorização pelo ensino através deles.

“Literatura não é teoria, é paixão” (Revista Bravo)

Os contos fantásticos, aplicados pela Profª Solange Bento Gomes de uma escola estadual da zona leste de São Paulo, capital, fez uma releitura dos contos para práticas de leitura e da produção textual, além de narrativas curtas com riqueza de vocabulários, “O Gato Preto” de Edgar Allan Poe e “O travesseiro de penas” de Horácio Quiroga foram os selecionados para essa aplicação.

Machado & Memes, audiovisual e literatura, Profª Larissa Gonçalves Foster do Colégio Salgueiro, localizado em Interlagos na zona sul de São Paulo. Com a atividade de leitura e escrita unificada com a tecnologia, a criação de memes já faz parte do cotidiano dos adolescentes, se não criam, ele conhecem, mas estes memes deveriam estar relacionados às obras de Machado de Assis. Na aplicação foi utilizada a plataforma Google Classroom m que possibilita anexar roteiros de atividades, prazos e o recebimentos dos exercícios, pode ser acessado através de login e senha de cada aluno. O audiovisual foi utilizado na criação de trailers com a temática romance românticos, com o curta-metragem sobre os contos do Machado de Assis e entrevista com os autores, se for um autor falecido eles fingiam que entrevistavam apesar disso. Contos selecionados para o trabalho: Pai contra a mãe, O enfermeiro, A causa secreta, O espelho e Um homem célebre.

“Tecnologia na educação é um meio, não um fim e não faz mágicas.”

São Luís do Maranhão também marcou presença no evento, com a Profª Maria Helyne Carvalho, da Escola Crescimento, com o Balcão de Redação Crescimento, as atividades são de leitura interrogativa com levantamento de pesquisa e explicação do que terá, criação de um repertório, estratégias argumentativas e planejamento. São 15 dias de execução, após o prazo é iniciada uma nova atividade de escrita. As ferramentas utilizadas são o flipped classroom  que é uma modalidade de aula invertida, em que o que seria passado em sala de aula e realizado em casa é invertido, assim o aluno lê o material em casa e coloca em prática na sala de aula. Além da gamificação e o PBL que é a aprendizagem baseada em problema.

Uma edição do jornal, com aluno premiado

Os Professores da Praia Grande, Rosivaldo de língua portuguesa e Marcos de matemática, criaram com os alunos o jornal impresso Revera News, imprimem 1.000 exemplares por edição, atuando na Escola Estadual Reverendo Augusto Paes, na Praia Grande, litoral paulista. Os professores aplicam a Eletiva de jornalismo no ensino integral, separam os alunos em quatro equipe, realizam a edição, fotografias, reportagens e textos, quando vão aos locais vestem a camiseta amarela com as escritas de imprensa nas costas, para marcar presença. O Projeto é uma iniciativa da Parceiros da educação, que além da eletiva de jornalismo, tem o Operação Praia Grande voltado ao infanto-juvenil e também o Projeto Jornal Joca.

“Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideia.”

Música & Teatro no Ensino Médio: Ensino do trovadorismo, pela Profª Mariana Daré Vargas da IFSP (Insituto Federal de São Paulo) de Jundiaí, período integral: aula + técnico. Foram realizadas a experiência de cantiga e teatro, grupo de 4 a 6 alunos em duas semanas (8 aulas), na apresentação final os alunos músicos quiseram criar uma trilha de som. Foi escolhido uma cantiga de amigo ou de amor, produzir uma estrutura de poemas e rimas, encenar a produção entre trovadores e nobres, ensaiar o jogral que é o cantar da cantinga, a duração é de 5 a 10 minutos. Os alunos foram além, criando figurinos e a parte instrumental.

Projeto Revista Eletrônica, Profª Maria Josefa Dias, da Escola Profº Luiz Rosa existente há 102 anos em Jundiaí, município de São Paulo. Na criação da revista é aplicado gêneros textuais para estimular a escrita através de um veículo midiático, aprendem a desenvolver a comunicação, as imagens e arte é realizada pelos alunos e no término é publicado no site da escola www.luisrosa.com.br/downloads.

Nós nas mídias, jornal impresso da EMEF Caic Ayrton Senna da Silva, apelidado de Caicano, localizado na região periférica de São Vicente, litoral de São Paulo. A Profª Leila Bezerra Fernandes Ribeiro iniciou a criação do jornal para promover a cidadania, utilizar os gêneros textuais e por ser uma atividade interdisciplinar que além de utilizar a língua portuguesa, é aprendido ciências, matemática e informatica. Jornais foram doados por pais e bancas no início do projeto, para os alunos se familiarizarem e refletir de que maneira poderiam falar da comunidade invisível às grandes mídias. Os alunos tiveram a oportunidade de visitar a TV Tribuna e saber o processo de criação até a exibição dos telejornais, também visitaram uma Hemeroteca, cujo se trata de um setor de biblioteca com extenso acervo de livros, revistas e jornais.

JM – O Jornal da Nossa Escola, Escola Municipal Joaquim A. F. Mourão localizado na Praia Grande-SP, a publicitária e professora Patrícia H. Veloso de Carvalho, é responsável pela diagramação e escolha dos textos, resgatou o projeto do jornal para incentivar o hábito pela leitura, prática de escrita e para explorar a cultura digital, um grande empecilho no processo de exibição online já que os alunos tem difícil acesso à internet. Os alunos tem a oportunidade de adquirir conhecimento transdisciplinar.

Roda de leitura: “O livro selvagem”, Juan Villoro, projeto do Colégio Dante Alighieri há 108, região nobre de São Paulo, possui um extenso acervo na biblioteca da escola. As professoras Maria Camargo Sipionato, Sophia Visconti e Ellen do Nascimento, aplicaram a narrativa livre para os alunos, após a leitura do livro, deveria retirar um livro em branco na biblioteca (produzido pela própria escola) e assim criarem o próprio livro selvagem. Além deste livro já foi realizada a leitura Metamorfose de Kafka, essas leituras são em sala de aula.

Teve alguma ideia para fazer com seus alunos ou colegas de sala? A literatura pode ser mais divertido do que as pessoas imaginam! Envie as suas práticas ou peça sugestões para nós contato@clubebook.com

 

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About Larissa Libanio

Aquariana, estudante de jornalismo, apaixonada por cultura, arte e literatura. A leitura pode transformar o ser e o intelecto, é por isso que escrevo no blog, para incentivar todos a descobrir um mundo com várias perspectivas e sonhos.

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