O Cidadão Incomum, da criação à produção

O que faria se acordasse com poderes em uma selva de pedra?

Nascido em São Paulo, Pedro Ivo Barbosa já trabalhou em diversas marcas como ilustrador, quadrinista, roteirista, produz conteúdo para o seu canal e o livro que escreveu sairá das páginas direto para as telas, a O2 Produções adquiriu os direitos pela Editora Conrad

 

CB: Sempre gostou de HQs e Graphic Novels? De onde veio essa paixão?

Pedro: Cresci assistindo os desenhos dos anos 80 e 90. Thundercats, Silverhawks, Tartarugas Ninjas, Superamigos… Só fui me interessar pelos gibis mais tarde, quando ganhei uma assinatura da DC de aniversário. Não parei mais.

Sempre fui uma criança pensativa, mas com pouco interesse no mundo a minha volta e bastante dificuldade de aprender. Os heróis me ajudaram a compreender conceitos importantes sobre certo, errado e o sentido de viver e morrer. E para compreender melhor algumas histórias de heróis mais complexas, como Dark Knight, precisei “sair da toca”. Basicamente, os gibis me salvaram de uma vida reclusa. Acho que daí veio a paixão.  

 

CB: Quais os seus personagens e HQs preferidos?

Pedro:
A coisa mais legal dos personagens de quadrinhos é que eles mudam o tempo inteiro e em um espaço de tempo cada vez mais curto. O Batman de hoje é diferente do Batman de sete, dez anos atrás… Então prefiro elencar autores de quadrinhos, e tenho GRANDE veneração pelos trabalhos de Brian M. Bendis. Mas um personagem que sempre me atraiu é o Noturno, dos X-Men, e o Lanterna Verde Kyle Rayner.  

 

CB: Quando iniciou esse hábito pela escrita?

Pedro:
No início dos anos 2000 os blogs já bombavam pela internet discada. Meu tio, vendo que eu tinha muita vontade de escrever, me incentivou a criar uma página. E na época era comum fazer do seu blog uma espécie de diário. Mas para fazer sua página acontecer, os posts tinham que ser constantes. Acho que foi a partir daí…  

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CB: O que te inspirou a escrever O Cidadão Incomum?

Pedro: Não tem lugar mais Gotham City que o centro de São Paulo de madrugada. Durante muitos anos, andei pela cidade imaginando como seria um super-herói aqui no mundo real, na nossa realidade paulistana. Quando senti que tinha uma história na cabeça, comecei a escrever.  

 

CB: Você apenas cria as história ou também desenha?

Pedro: Gosto de fazer os dois sempre que possível. À priori, desenho e escrevo todas as histórias do Universo do Cidadão Incomum, mas em algum momento vou precisar pedir ajuda aos universitários. 🙂

 

CB: Como é feito o processo de criação até o de finalização?

Pedro:
A verdade é que, pelo menos comigo, não é um processo lá muito técnico. No livro, a base fundamental era criar uma história de origem de um super-herói, com superpoderes e tudo, mas que se passasse no mundo que conhecemos. Daí a coisa foi tomando forma sozinha. Agora estou no processo de criação de um universo maior, com histórias e personagens de classes sociais e lugares diferentes do Brasil. Então, o que faço é me munir de informação e pesquisar muito. A pesquisa é o primeiro passo para tudo, da concepção à roupa do personagem.

 

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CB: A produtora O2 Filmes comprou os direitos do seu livro publicado pela Editora Conrad. Como será esse novo projeto? Qual a expectativa diante disto?

Pedro: Bom, minha expectativa tá nas alturas, né? Só a possibilidade de ver Caliel voando por São Paulo, já faz meu lado nerd querer morrer de ansiedade. Mas ainda não sei muita coisa sobre o projeto. O que eu sei é que a O2 teve acesso ao projeto de expansão do universo do livro, com outros heróis, vilões e um milhão de coisas que ainda não foram publicadas e, ao que tudo indica, vão partir daí…

 

CB: Como souberam do seu trabalho?

Pedro: Às vezes trabalho para o mercado de audiovisual e conheço algumas pessoas. Então, quando o livro saiu (há dois anos), pedi para que a editora enviasse alguns exemplares para uma galera do ramo. Uma coisa levou a outra e cá estamos. :)

 

CB: Sempre teve a vontade de tirar os seus personagens das histórias e colocar nas telinhas?

Pedro: Lógico! Quem não quer?!? Eu gosto da experiência do livro. Da pessoa ler e imaginar, se apropriar dos personagens… Mas ver a coisa acontecendo ali na tela é muito, muito legal também!  

 

CB: Como está sendo a recepção dos leitores com esta nova fase?

Pedro:
A melhor possível. A base de fãs do Cidadão Incomum é composta por gente muito boa. Quando souberam que a O2 adquiriu os direitos, já começaram a soltar as teorias e a me fazerem perguntas.

 

O que você não sabe sobre O Cidadão Incomum

 

CB: Trabalhou com auto divulgação ou recebeu apoio?

Pedro: A Conrad fez a sua parte, mas quem assumiu a maior parte da bronca fui eu. Booktrailer, artigos, cards de divulgação, fiz tudo com muito gosto, porque me envolvo com qualquer coisa que diz respeito à obra.

 

CB: Enfrentou dificuldades para encontrar uma editora?

Pedro:
Sim, como todo autor iniciante. Mas procurei pouco. Quando recebi as primeiras recusas, contratei uma editora e paguei os olhos da cara por uma tiragem de mil exemplares. Distribuí eu mesmo em alguns pontos de venda. Com o passar dos meses, coletei alguns feedbacks de leitores e números de venda, montei um projeto sólido e revisitei as editoras. A Conrad acabou aceitando.

 

CB:  Pensa em lançar mais quadrinhos semelhantes a este?

Pedro: Sim. A primeira fase do meu plano inclui mais dois livros e duas graphic novels mais para frente. Quero entregar esse universo para que outros autores e autoras me ajudem a expandir ainda esse universo

 

Assista o booktrailer de O Cidadão Incomum

 

 

É demais autores nacionais poderem chegar a este nivel! Para saber mais sobre os trabalhos de Pedro Ivo acesse aqui

 

 

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About Larissa Libanio

Aquariana, estudante de jornalismo, apaixonada por cultura, arte e literatura. A leitura pode transformar o ser e o intelecto, é por isso que escrevo no blog, para incentivar todos a descobrir um mundo com várias perspectivas e sonhos.

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