O mundo das editoras: crises e aceitação dos autores

Em meados de 2018 é lamentável termo que deparar com um crise das editoras, diversas levam calotes de livrarias o que coloca em risco muitas vendas presenciais

De acordo com a Época Negócios, uma pesquisa feita em 2016 resultou na queda de 8,9% na comercialização de livros, deixando as livrarias em maior desvantagem do que as editoras, tudo provocado pelo “ efeito Amazon” que disponibiliza a a venda online de livros digitais, os ebooks.

Por mais que apenas 37% das editoras nacionais vendam ebook ( O Globo), com o valor reduzido, podendo ser lido nos smartphones, computadores, tablets e no e-reader Kindle, os livros impressos continuam sendo os queridinhos dos leitores e das editoras ficando com 63% das vendas. O que acontece é que estão preferindo comprar online para não ter que ir até a livraria.

 

Foto: Larissa Libanio

 

Após dois anos, agora em janeiro de 2018, aumentaram em 14% por conta das voltas as aulas, datas comemorativas como o dia internacional da mulher, dia das mães trazem promoções, mas continuam sendo online. O preço dos livros também se mantém na média a partir de 29,90 reais.

 

Com editoras independentes e menos conhecidas entrando em crise, acaba dificultando a aceitação das livrarias em arriscar espaço ao que não terá saída e outra ponta não comentada no meio de tudo isso, os autores inéditos.

 

Novos autores, autores independentes que sempre encontram necessidade em serem aceitos por uma editora renomada, enxergavam uma saída em editoras mas nem assim tem espaço para todos. A Amazon e outras plataformas online  como o wattpad em que os leitores podem acompanhar cada capítulo, assim como assistindo uma série, são alternativas para as obras serem vistas e com um grande número de visualizações serem aceitas e publicadas.

 

Foto: Larissa Libanio

 

Existem também as plataformas de financiamento coletivo, em que um valor pode ser doado para conseguirem a impressão do livro. Conversando com Marcelo Cristo, um autor que expôs sua obra na Bienal do livro do Rio Janeiro (2017), na sessão de independentes, conhecemos um pouco mais sobre o crownfuding.

 

Pesquisei muito o funcionamento dos financiamentos coletivos e formatei o meu projeto. Ele ficou belíssimo, mas apesar disso, eu só obtive 40% dos recursos necessários. Novamente botei a mão no bolso e juntei mais um pouco de dinheiro aos 40% e finalizei o livro imprimindo 1.000 cópias.

 

Os livros foram vendidos por R$35,00, contaram com um cenário bem elaborado levando os leitores imersos a história, uma tela e fones de ouvido para assistir ao booktrailer, aceitava cartões e adquirindo um exemplar levava o autógrafo e um marca página para casa.

 

Foto: Larissa Libanio

 

A cada sonho é um novo investimento, por ter uma data limite para imprimir os livros, Marcelo acabou tendo que tirar do próprio bolso 20% do valor para completar os gastos, apesar disso arrecadou boa parte do valor, saiu de MInas Gerais e foi para o Rio de Janeiro tentar recuperar o que gastou e levar uma leitura de qualidade ao público.

 

Já os que conseguiram uma editora, ainda assim gastam o dinheiro pessoal para realizar uma divulgação mais direcionada e diária aos seus livros, como a Monisse Buchala.

 

Eu mandei para duas, na verdade não são todas  as editoras que aceitam novos talentos, infelizmente, eu acho um verdadeiro pecado porque no Brasil já é tão difícil as pessoas se interessarem por leitura e tem grandes talentos que ninguém dá valor. Eu mandei para a editora do André Vianco, A Novo Século daqui de São Paulo e também para a a Modo de Mato Grosso. As duas me aceitaram, as duas aceitam novos talentos, mas de acordo com negociações e oportunidades acabou dando mais certo com a de Modo.

 

Monisse criou a página no facebook, um site e solicitou um evento de lançamento pela livraria cultura, gastou cerca e R$200,00 impulsionando publicações e atraindo leitores para o seu evento. 70 pessoas confirmaram presença e compareceram, o livro é vendido por R$29,90.

Foto: Larissa Libanio

O FLIP Festa Literária Internacional de Paraty e a Bienal Internacional do Livro que ocorrerá em São Paulo, são os eventos mais importantes do país que movimento em massa a comercialização de livros e visitando do Brasil inteiro  para conhecerem as novidades e também prestigiar os autores favoritos.

 

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About Larissa Libanio

Aquariana, estudante de jornalismo, apaixonada por cultura, arte e literatura. A leitura pode transformar o ser e o intelecto, é por isso que escrevo no blog, para incentivar todos a descobrir um mundo com várias perspectivas e sonhos.

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