Uma história iniciada em pleno sono, desperta para a realidade

Comparado a Dan Brown, Sonhos: A Semente das sombras é um livro instigante com booktrailler impressionante, essa história tem tudo para te prender até o final


Marcelo Cristo nasceu em Passos, Minas Gerais no dia 1º de fevereiro de 1.965 e mudou-se para Belo Horizonte, em 1971. Publicitário, empresário, especializou-se em Gestão estratégica de Marketing pela UFMG, porém sua maior paixão sempre foi o cinema. Como hobbies tem o skate e Jiu-jitsu.

 

CB: O que te inspirou a escrever o Livro? 

MC: A ideia básica era muito simples: Uma história de um cara que constantemente sonhava com uma mulher. Isso sempre vinha à sua cabeça e um dia ele a conheceria pessoalmente.

Bom esse foi o ponto de partida e meu desejo inicial seria um roteiro para o cinema. Na verdade, era o que eu queria contar e todo o resto veio como composição da trama, com objetivo de criar uma história verdadeira e empolgante.

 

CB: Sempre teve o hábito pela escrita?

MC: Não.  Muito ao contrário. Na infância eu tinha uma enorme dificuldade para me alfabetizar. Na época os professores não eram preparados para observar alguns tipos de comportamento dos alunos e fui taxado como uma criança atrasada e problemática. Somente de adulto, ainda com dificuldades na leitura e na escrita, percebi que eu sou dislexo. Essa é uma dificuldade bastante corriqueira e, infelizmente, confundida com preguiça ou problemas de ordem intelectual.

Para superar isso tive que ler muito, apesar de ser maçante para um dislexo, e escrever muito também. Somente depois da faculdade que meu problema estava bem reduzido e pude começar a produzir textos com mais qualidade.

CB: Quando decidiu mostrá-lo aos leitores?

MC: Sobre meu livro, existia muita insegurança e, posso dizer assim, ainda estava aprendendo a escrever. Os primeiros capítulos foram distribuídos para conhecidos com a seguinte recomendação: “Não preciso de elogios. Preciso de uma crítica séria, para que eu não corra o risco de me enganar sobre o texto”.

Recebi várias críticas, mas junto vieram muitos elogios o que me motivou a continuar.
CB: Quais foram as suas expectativas?

MC: A minha expectativa, ainda é, de que meu livro seja bem aceito e que a história toque o coração das pessoas. Que elas fiquem empolgadas com ela e que a partir daí eu me sinta bem motivado a continuar a escrever.

CB: Foi bem recebido na Bienal do RJ 2017?

MC: Foi muito especial, tive que trabalhar muito para que tudo estivesse pronto para a feira. Sempre atropelado por fornecedores e imprevistos, o que aumentava muito a ansiedade e expectativa.

Lá fui muito bem acolhido pelos leitores e isso foi muito importante para eu tirar as primeiras conclusões sobre o que tinha feito. Apesar de ter ficado num saguão bem escondido, consegui um relativo sucesso, como mais de 400 livros vendidos. O público carioca é sensacional. As pessoas são carinhosas, acolhedoras e bastante interessadas pelos livros. Valeu muito ter ido.

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CB: Como foi a realização do booktrailler?

MC: Eu sempre me meto em processos muito complexos. Mas adoro isso.

Eu precisava de um booktrailler para facilitar a visualização e interesse sobre o livro, principalmente por que estava formatando um projeto pra crowfunding e precisava de vários elementos que pudessem empolgar as pessoas. Claro que também foi uma maneira de extravasar meu lado cineasta. Um produzi, dirigi e ajudei na edição de todo trabalho. Isso foi bastante empolgante e contei com a ajuda de uma equipe maravilhosa, todos amadores, mas que estavam muito dispostos a me ajudar.

CB: Como foi  processo do crowfunding?

MC: Eu não tinha recursos financeiros suficientes para viabilizar o livro e principalmente viabilizar o sonho na Bienal do Rio. Nesse ponto eu já tinha gastado bastante dinheiro com leitura crítica, preparação e revisão do livro.

Por duas vezes tive que pagar a revisão do livro e por duas vezes tive que pagar pela capa. Coisas que marinheiros de primeira viagem sofrem, principalmente quando se deparam com maus fornecedores. Mas eu já estava num ponto que não era possível mais voltar.

Pesquisei muito o funcionamento dos financiamentos coletivos e formatei o meu projeto. Ele ficou belíssimo, mas apesar disso, eu só obtive 40% dos recursos necessários. Novamente botei a mão no bolso e juntei mais um pouco de dinheiro aos 40% e finalizei o livro imprimindo 1.000 cópias.
 

CB: Recebeu apoio para a divulgação do seu livro? Buscou editoras?

MC: Tudo que fiz foi absolutamente sozinho. Não recebi e nem busquei apoio de ninguém e também não busquei uma editora naquela época. A razão é muito simples. Eu nunca tinha escrito nada até então. As pessoas desconfiam muito de escritores iniciantes e eu sabia disso.

Eu tinha um livro muito bom na mão para ficar perdendo tempo. Acreditei que seria mais fácil botar minha cara à tapa. Me deixava angustiado imaginar que meu original ficaria meses e meses dentro de uma editora, sem que ela me desse o retorno. Eu temia muito esse caminho e queria um resultado rápido.

Depois da Bienal eu relaxei e percebi que uma editora poderia sim se interessar pelo meu livro. Comecei alguns contatos e meu original já está sendo analisado.

CB: Quais são os seus autores ou livros favoritos?

MC: Quem lê meu livro diz que tem muito do Dan Brown. Bom gosto muito dele e adoro suas tramas complexas e elaboradas. Mas também gosto do Paulo Coelho, por exemplo, e outros contadores de história. Gosto da história contada com texto simples.

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Valorizo a história e a forma que é contada. Com isso tive muita inspiração no cinema, mais que em livros. Amo George Lucas e Spielberg. Através de George Lucas que conheci Joseph Campbell, que serviu e serve de inspiração para construção das minhas personagens.

CB: E o que projeta para o futuro?

MC: Já estou trabalhando no livro Sonhos 2.  Segundo livro da trilogia. E já existem outras histórias rascunhadas, mas acho que Sonhos tomará bastante tempo nos próximos anos. Já imaginei um *Spin off para determinados personagens, acredito que isso pode ser bastante divertido de escrever e que agradaria bastante aos leitores.

 

*Spin off é utilizado o que já havia sido criado anteriormente. Como criar uma história isolada para um personagem de uma série por exemplo.

 

 

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About Larissa Libanio

Aquariana, estudante de jornalismo, apaixonada por cultura, arte e literatura. A leitura pode transformar o ser e o intelecto, é por isso que escrevo no blog, para incentivar todos a descobrir um mundo com várias perspectivas e sonhos.

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