Já escreveu diversos livros, em destaque está o ‘’ Andarilhos da Alvorada”, confira a entrevista.
Personagens de comportamentos distintos, proporcionando uma aquarela de sentimentos, descobertas familiares de envolvimento com bruxaria, tudo isso em Andarilhos da Alvorada.
Por Larissa Libanio
Felipe Ripper, 21 anos, paulista e está cursando o último ano de Comunicação Social. Além de escritor, tem uma banda e costuma ser fotógrafo nas horas vagas.
CB: Sempre teve o hábito pela leitura?
FR: Acredito que tenha começado aos 10 anos, lendo uma série bem teen de idade média com todos os elementos clássicos desse tipo de leitura. Depois de ler algumas trilogias e sagas comecei a criar interesse pelos clássicos e também pela literatura beat (procurem por Jack Kerouac).
CB: Desde quando começou a escrever livros? Possui somente um?
FR: Lembra que eu disse que comecei a ler aquelas séries de fantasia aos 10 anos? Também comecei a desenvolver uma série de 5 livros nesse estilo com essa idade.
Claro, com todas as limitações de uma escrita que um jovem de 10 anos possa ter (acabei escrevendo só dois, o volume dois e o volume três). Até hoje me lembro da trama e algum dia, eu pretendo escrevê-los para valer.
Comecei a escrever para valer com 16/17 anos e Andarilhos da Alvorada foi meu primeiro trabalho. Desde então eu não parei mais e estou em meu sexto livro (o segundo de uma trilogia).
Os livros que já foram escritos:
– Andarilhos da Alvorada ( disponível online ou entrega pessoalmente para São Paulo, capital)
– Montes Soturnos
– Quadro da Morte ( disponível online)
– Além do Solo
– Vagabundos do Novo Mundo
CB: Como surgiu a ideia de escrevê-lo?
FR: Bem, eu sempre gostei da ambientação de montanhas e bosques ao redor de um lago. Aquele típico cenário em que os corvos batem asas e ficam observando a vida das poucas famílias que vivem em uma cidadezinha abandonada por tudo e todos. Se quiserem imaginar o que eu imaginei, pegue um jogo de videogame chamado Alan Wake, ele tem uma ambientação parecida. O que quis desenvolver em cima dessa cidade era algo que o leitor tivesse uma sensação do tipo “é, algo sinistro está rolando nesse lugar!”. E nada melhor do que um forasteiro para descobrir a cidade e o motivo de mortes ligadas diretamente a sua família. Em todas as sinopses, sempre começamos com um nome, não é?
Thomas está na casa dos trinta e não faz nada de bom da vida, além de trabalhar. Ele acorda com sua mãe ao telefone dizendo que seu pai, um homem que o abandonou há mais de vinte anos, morreu na pequena cidadezinha, Stone Lake. Tom decide ir para o enterro e acaba descobrindo que sua família está diretamente ligada ao passado da cidade e a uma seita de bruxaria.
CB: Verdade, sempre começa pelo principal. O que te inspirou na escolha dos personagens?
FR: Eu queria um protagonista bem monótono, desinteressante e careta. Eu sabia que o desenvolvimento dele e a mudança que ele teria na vida ao longo da trama iriam ser incríveis pra ele. Libertadoras. Há Will também, meu personagem preferido. Ele é jovem, ansioso e cria um atrito maravilhoso com Tom. Elisa mostra um lado delicado e independente de uma mulher que não quer saber do amor e que acredita em tudo que Tom julga ser superstição. Ofélia é o elo maternal e que cruza o tempo e espaço de Stone Lake. Bergan é muito interessante. Um xerife deprimido afundado em suas próprias mágoas e solidão. Todos os personagens são uma aquarela de sentimentos. Cada um representa um momento do dia.
CB: Nossa são bem distintos, isto que torna a leitura mais interessante. Quais autores e livros favoritos?
FR: Não sei se tenho um autor preferido, mas meu livro preferido sem dúvidas e o Apanhador no Campo de Centeio do Salinger. Deixo aqui outras excelentes recomendações: O Senhor das Moscas e O Lobo da Estepe.
CB: Tem expectativas em relação ao público?
FR: Eu nunca pensei nisso. As pessoas que eu conheço e que leram me trouxeram críticas bem positivas. Alguns criaram até mesmo teorias para explicar algumas coisinhas. Achei isso tudo muito incrível.
CB: Planejamentos futuros?
FR: Terminar minha trilogia e um livro inacabado que nem nome tem. Além disso, pretendo pensar na publicação de mais um dos meus livros.
CB: Quais dificuldades tem enfrentado em relação a publicação e divulgação da obra? Recebeu apoio?
FR: Tive apoio de amigos e da minha família, mas realmente falta espaço de divulgação virtual! Sinto muita falta disso, sério.
O que acharam? Querem saber dos outros livros?
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