José Mauricio publica o livro policial Primeira Página, Conflito na Baiana

Por Larissa Libanio

José Mauricio Costa, jornalista, do Rio de Janeiro, inicia sua carreira literária aos 44 anos, lançando seu primeiro livro Primeira Página – Conflito na Baiana no Wattpad, trazendo uma história de jornalismo investigativo mostrando o lado do público e a vivência dos jornalistas por trás das câmeras. Confira a nossa entrevista:
CB: Nos conte um pouco sobre você.

JM: Sou um jornalista carioca apaixonado por histórias, mas só resolvi iniciar uma carreira literária agora, aos 44 anos. Nunca é tarde, né? Rss.

Desde criança, criar e escrever era um binômio natural em minha vida, gostava de ler e depois reescrever as histórias à minha maneira. Criava jogos de tabuleiros, aprendi a programar para desenvolver meus próprios jogos no computador… Musicava minhas poesias no violão.

Fiz um pouco de teatro mas sem pretensão de ser ator. Gosto do bastidor, do texto, da direção, de mexer as peças e espiar a reação do público. Acho que essa provocação é o que tento fazer com o meu leitor.

 

CB: Há quanto tempo escreve livros ? 

JM: Primeira Página é o primeiro livro que escrevo. Mas escrevo desde sempre.

Minha primeira ficção impressa foi em 2015, quando tive um texto premiado em uma coletânea de distopias da editora Andross, chamada Sede. É uma antologia de contos, com autores do Brasil inteiro, sobre um futuro sem água.

Escrevi para estimular minha filha, uma escritora em início de carreira, que também concorria com um conto publicado em outra coletânea. A dela era de contos de terror. Acabou que nós dois vencemos como melhores contos de nossos respectivos livros. Foi uma noite incrível, com uma bela cerimônia de premiação em São Paulo. Ali me deu um estalo de “quero mais”.

 

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Capa de Primeira Página

 

CB:  Parabéns!  E o que te inspirou a escrever o Primeira Página?

JM: Queria contar uma história em que o leitor pudesse acompanhar os fatos que se passam por dois ângulos.

Primeiro acompanhando o trabalho de um jornalista na rua. E depois podendo verificar como esse mesmo fato é passado para o grande público pelos veículos de comunicação. É um exercício interessante para fazer as pessoas refletirem sobre o papel do jornalista e também sobre suas próprias crenças. Eu diria que Primeira Página é uma leitura que prende o leitor de forma envolvente ao mesmo tempo em que o convida a uma série de reflexões éticas e morais. Diverte e faz pensar!

 

CB: Do que se trata a história?

JM: É sobre a luta de uma jovem repórter muito obstinada, que não mede esforços para descobrir a verdade e dar a sua contribuição para que um crime seja desvendado. Ela vai tentando desvendar esse crime, visitando lugares, entrevistando pessoas, tudo em um ritmo bem acelerado. Parte do que descobre ela publica em seu jornal e no site. Mas há outras descobertas que ela simplesmente não pode publicar. O leitor acompanha esse dilema pelos olhos da repórter e acaba tendo seus próprios conceitos confrontados também.

CB: Como surgiu a ideia de publicá-lo?

JM: O universo do jornalismo sempre soa romântico para quem não o conhece, para quem o vê de fora. De fato ele tem o seu charme, mas há os outros 80% que estão fora da visão do grande público. Um pouco desse bastidor é que é retratado no livro. A forma crua como as notícias são apuradas e as dificuldades que os repórteres enfrentam nas ruas e os monstros que os assombram dentro de suas próprias cabeças.

 

Stephen King

CB: O que te fascina na literatura?

JM: A literatura desconstrói limites, provoca emoções, alimenta a alma. Gosto dos textos com tramas que envolvem e ao mesmo tempo te fazem olhar para dentro de você. Me interesso muito pela natureza humana, com todas as suas falhas e possibilidades. Se tivesse que citar um autor como referência o primeiro da lista seria Stephen King. Pela sua genialidade criativa e  monstruosa  capacidade de produzir continuamente, por décadas, sem abrir mão da qualidade e da originalidade a cada nova obra.

 

CB: Enfrenta dificuldades com a divulgação da sua obra?

JM: Acho que as dificuldades normais de todo autor iniciante. Mas não posso reclamar não. O capítulo final de Primeira Página foi postado em novembro no Wattpad.  Então agora é que estou começando intensificar a divulgação dessa primeira versão digital do livro. Tenho sido bem acolhido pelos leitores e começo a fazer contato com alguns blogueiros e booktubers. E possuo um book trailer.

 

CB: Recebeu apoio para publicá-lo?

JM: Ainda não. Mas confesso que também não saí em campo para procurar. No momento o que mais me interessa é conquistar uma base inicial de leitores e ouvir a opinião deles sobre a obra. Buscar apoio para uma publicação impressa é uma etapa que só verei mais adiante.

CB: Além do wattpad, o livro estará disponível em outros locais online ou físico?

JM: Claro que adoraria que uma editora se interessasse pelo livro, mas essas coisas não acontecem tão facilmente, ainda mais para um autor desconhecido. Então, vou lançar uma edição impressa em 2017 por conta própria. A princípio será uma autopublicação com tiragem bem limitada. Quero fazer um pequeno lançamento para os amigos e meus primeiros leitores. Será um primeiro degrau depois da publicação digital no Wattpad. Já estou trabalhando nisso e em breve divulgarei detalhes.

 

CB: Quais são os seus projetos futuros?

JM: Escrever cada vez mais…Já estou trabalhando em outro livro, mas não posso adiantar o que é ainda. Enquanto não fica pronto devo publicar alguns contos no Wattpad. Um deles certamente será aquele que me rendeu o prêmio na antologia sobre um futuro sem água.

 

 

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