Por Larissa Libanio

Em entrevista com o Matheus, foi relatada um pouco sobre sua vida e sobre o seu livro ( que em breve estará a venda), ao invés de publicar em formato pergunta e resposta, decidi escrever breves explicações,  deixando os padrões de lado, assim como todos deveriam fazer, pois o mais importante é o RESPEITO. Acompanhe a seguir:

Matheus Guerreiro, estudante de Jornalismo, é um militante e ativista das minorias sociais.  Da cidade de Rio Verde (GO), escolheu a sua cidade como cenário de sua história e relata os acontecimentos de suas personagens, no livro Purpurina na enxada, em que foi escrito para o trabalho de conclusão de curso.

Apaixonado pela escrita e literatura, sempre acreditou no grande potencial de mudança que um livro pode causar em uma pessoa.

A escolha do tema como TCC, gerou muitas críticas por parte dos professores de classe, mas Matheus foi até o final de seu propósito, sendo homossexual já enfrentou a homofobia diversas vezes e decidiu registrar histórias fictícias para combater este preconceito.

Purpurina Na Enxada, traz a história de três personagens residentes da cidade de Rio Verde. Sendo o Matheus Camilo representando os gays, a  Paula Lima que vive o efeito da baixa aceitação profissional e perspectiva de vida do público trans no Brasil e Luiza a espanhola que teve que sair do país de origem por seu padrasto e mãe não aceitarem que ela lésbica.

Esse tema deve ser discutido, pois o número de mortes causados por homofobia é estrondoso no Brasil, de acordo com o G1 um homossexual é morto a cada 28 horas e em 2015 foram recebidas mais de 2 mil denúncias de violência contra o público LGBT.

Em Junho deste ano, ocorreu a tragédia da boate Pulse, Orlando (EUA), cujo um atirador entrou na boate e disparou tiros para todos os lados, atingindo os frequentadores que nada entendiam da situação e deixando  cerca de 30 mortos. Os veículos de comunicação foram bombardeados por supostos motivos, reconstituições, celebridades se manifestaram houve homenagens, solidariedade mas faltou o mais importante, a conscientização.

Vídeo de ” Eu Odeio Berinjela ” , foi retirado do ar e recebeu ataque de internautas, foi uma campanha de conscientização do Grupo Dignidade.

Ainda em Agosto deste ano, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro,  atletas olímpicos gays foram expostos pelo jornalista norte americano  N.H. do site Daily Beast, que estava de passagem pelo Brasil com o intuito de descobrir atletas homossexuais e revelar em seu site. Este ato sem fundamento teve muita repercussão e causou indignação, muitos destes atletas que no caso não eram assumidos, foram impedidos de voltarem aos seus países por em alguns lugares do mundo é proibido ter orientação sexual diferente, ao que parece tudo se acertou em relação à volta, mas mesmo que esse post foi tirado do ar, as pessoas não esquecerão tão rápido, esta exposição interferiu na vida destes atletas, que ao meu ver não são obrigados a escancarar a vida pessoal para ninguém.

Tudo foi iniciado no Grindr (um dos apps de paquera voltado ao público gay), em que uma pessoa que não se considera gay estava utilizando só para saber se conseguiria marcar um encontro e assim revelar a identidade do atleta. Em resposta ao jornalista, um atleta exposto decidiu postar em sua página do Instagram, uma imagem de costas mostrando sua protuberância traseira com os dizeres que se era isso que procurava no  app, a espera estava acabada e que simplesmente o deixassem em paz.

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A iniciativa do Matheus, foi corajosa e criativa, relatos como esses que são vivenciados todos os dias merecem ser mostrados e com certeza lidos. Por que não arriscar a leitura sobre esse assunto? Por que tanto ódio e repudia? Qual o fundamento de tudo isso? Atitudes como as dele derrubam barreiras, se todos ao menos se respeitassem este quadro já mudaria.

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O mundo está mudando em relação a isso, mas o quadro de homofobia infelizmente não. Repense!

O livro Purpurina na Enxada só poderá ser publicado após resoluções do TCC de Matheus. Ficou interessado? Assim que ficar disponível publicaremos o link para vocês.

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