Marcel Ahless fala sobre publicações e novo lançamento

Lançará o livro de poemas ‘’Homens Feito de Letras’’ este mês

Marcel Ahless, 30 anos foi professor de música durante 7 anos. Escreve poemas há algum tempo, lançará o livro de poemas ‘’Homens Feito de Letras’’, já escreveu um infantil e agora está produzindo um romance.

Por Larissa Libanio

CB: Sempre teve o hábito de escrever poemas?

MA: Escrevo poemas há uns anos, o romance está em produção tendo um ponto de vista psicanalítico das personagens.

CB:Essa ideia seria para deixar o contexto mais atraente?

MA: Não seria para tornar o livro mais atraente, seria pelo fato de eu já pesquisar bastante sobre a psicanálise (não sou expert) e sobre o comportamento psicológico. Essa predisposição surgiu quando nasceu minha filha e eu não sabia o que fazer; como ser pai – levando em conta de que não tenho pai.

CB: Quando teve a ideia de escrever um livro junto com sua filha?

MA: A ideia do infantil com minha filha surgiu com a intenção de fixar a ideia de pai, nós saíamos e depois chegávamos e registrávamos. Mediante a isso o livro é uma forma de ela se lembrar que não a abandonei. A mãe dela dizia isso, por eu ter pedido o divórcio. Enfim… Sofri alienação parental

CB:Muito importante registrar esses momentos com ela. Qual o tema da história?

MA: O título do infantil é “Uma aventura pelo espaço” – une fantasia com realidade e com sentido pedagógico sobre astronomia.

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CB: Como surgiu a ideia de criar um romance?

MA: O romance surgiu com a ideia de minhas pesquisas para desenvolvimento pedagógico, sempre pesquisei sobre a psicanálise e psicologia. O enredo está fixado em uma trama da qual o Eu das personagens exercem o papel mais fundamental do que as próprias, digamos que todos os personagens são um pouco de mim, mas não os conheço, se é que entendeu (risos).

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CB: Já está sendo finalizado?

MA: O romance está ainda em discussão: estou entre “o homem de vidas passadas” ou “vintage’s”

CB: O que te inspirou a escrevê-lo?

MA: Unindo o útil ao agradável, parto do princípio da escola literária brasileira (que surgiu com Machado de Assis): o realismo/naturalismo. Onde o realismo é de contexto bem psicológico, e também, o naturalismo é relacionado ao biológico das personagens – com uma narrativa onde são descritos os defeitos e não as qualidades – como no romance do século passado. Nessa premissa o psicológico e a parte negativa estão relacionados ao comportamento dos personagens.

CB: O romance tem previsão para ser finalizado?

MA: A conclusão do romance estava previsto para o fim deste ano, mas tive que dar um tempo nele por falta de tempo.

CB: Como produziu ’Homens Feito de Letras’’?

MA: A respeito dos poemas nós estamos sendo intermediados, editora e autores, pelo nosso professor/ escritor/ roteirista e literato Adilson Oliveira. Este professor já é publicado por essa editora há anos e ele
consegue que a editora cubra todos os gastos (sem que nós pagamos), mas as vendas do lançamento são todas da editora.

“Isso é bom para nós que queremos ser publicados, mas não temos verba”.

É legal enfatizar o apoio do professor Adilson, ele tem dado um apoio a novos escritores de forma constante. Principalmente essa intermediação com a editora: E a capacidade que ele tem de fazer com o nós percebamos o potencial em nós mesmos.

CB: Aonde será lançado?

MA: O lançamento do livro ‘’ Homens Feito de Letras’’, 29/10 às 17h no Espaço Parlapatões, Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação, São Paulo – SP. Convido à todos para o lançamento!

CB: Em relação a divulgação enfrenta algum problema mesmo recebendo apoio da editora?

MA: Sobre a divulgação, Larissa, no meu ponto de vista, já é mais questão de educação, sabemos que o brasileiro enaltece o que é estrangeiro.

CB: Qual a maior dificuldade para as publicações?

As editoras são empresas e, colocando-me na condição de um dono de uma empresa, eu quero o que é rentável, mas acredito que as editoras estão de mãos atadas pelo gosto do próprio brasileiro.
Vejo inúmeros booktubers fazendo uma ‘resenha’ de livros mais estrangeiros do que nacionais, não há uma valorização nem mesmo por nossos escritores consagrados e do período moderno, como Guimarães Rosa, Cecília Meireles e Clarice Lispector. A própria Clarice enfrentou uma dificuldade enorme para publicar seu primeiro livro, ela teve que pagar para publicarem e foi um sucesso.

MA: A maior dificuldade de escritores não publicados é de que nós precisamos trabalhar fora e, a dedicação aos escritos torna-se lentos.

Hoje as editoras se estapeiam para ter os direitos de publicarem as obras dela: A maioria dos booktubers falam de uma forma muito pessoal, deveriam ser um pouco mais imparciais. Não têm conhecimento sobre a estilística e nem sobre as técnicas… Falam mais de forma superficial do que explicar o porquê de o autor ter feito assim ou assim… Claro que a culpa não é apenas dessas análises ridículas e dos críticos, mas também é do dinheiro, do pensamento capitalista, mas sei que há necessidade de haver isso. Uma hora dá certo!

CB: Também escreve resenhas?

MA:Recentemente criei um blog de resenha sobre obras mas está ainda no início de tudo, é o Café para um blog.

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